O termo “análise de crédito” é bem comum no varejo, pois sempre passamos por uma avaliação antes de comprar produtos de maior valor. Normalmente esta análise é feita através de um conjunto de fatores que conseguem dizer se o cliente é capaz ou não de arcar com aquele compromisso financeiro. É um mecanismo feito para tentar, ao máximo, evitar que comerciantes saiam no prejuízo com a inadimplência.
Este processo de análise de crédito pode ser feito tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas, e ambos são feitos de forma muito parecidas. Mas a questão é: como fazer uma análise de crédito assertiva para os clientes?
Hoje, um dos principais instrumentos para a análise de crédito é a internet. É possível ter acesso a grandes bases de dados com diversas informações sobre seu cliente e, desta forma, já ter uma boa noção se ele é ou não um bom pagador. Por exemplo, temos o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e Serasa. Também é preciso levar em conta as informações obtidas pela análise dos documentos apresentados.
Além desta pesquisa, é possível criar uma equação para fazer esta análise de crédito. Abaixo apresentamos uma equação e, na sequência, explicamos cada critério.
Caráter + Capacidade + Patrimônio + Garantia = Menor Risco
Neste caso, o “Caráter” é avaliado pelos itens analisados anteriormente, onde você poderá saber se o cliente tem alguma pendência financeira, se ele é pontual nos pagamentos e se há restrições em nome dele. Claro que em alguns casos a falta de pagamento não significa falta de caráter, pode ser que a pessoa tenha apenas uma desorganização financeira. Mas, nesta equação vamos tratar desta forma.
A “Capacidade” você analisa através da fonte de renda e do tempo de atividade. No caso das empresas, quanto mais faturamento e tempo de mercado ela tiver, mais ela tende a ser sólida. Em relação às pessoas físicas, o salário é o principal fator nesse quesito. A fonte de renda é essencial para você saber se o que o cliente fatura é o suficiente para pagar o que irá comprar com você.
O “Patrimônio” é a comprovação da existência de bens pertencentes a uma pessoa física e/ou empresa. Quanto maior for o patrimônio, mais segurança se transmite.
E, por último, a “Garantia” tem como objetivo reforçar a segurança de que este cliente poderá cumprir com o compromisso financeiro. As garantias podem ser pessoais ou reais. Por exemplo, as pessoais podem ser um avalista e as reais uma alienação fiduciária.
Claro que nem sempre a regra é esta. Em alguns casos não será necessário ter tantas informações para fazer uma análise de crédito dos seus clientes. Até porque nem sempre o valor das vendas será tão alto. Mas fica a lição de que quanto mais informações temos sobre quem está comprando de nós, mais evitamos riscos de sofrer com a inadimplência.